quinta-feira, 3 de julho de 2008
áfrica
Eles morrendo de fome, feito corpo sem pele. Esqueleto. E cá estou eu, morrendo de amores, desperdiçando o pão com as minhas quatro mãos. Não vejo a hora de chegar lá. Falta coragem pra ir sozinha. Ainda faltam sete meses. Muito tempo debaixo do edredon, tomando banho com água quente e podendo dizer até logo. Sigo aqui nesse tapete muito vermelho. Me sinto distante daquilo que vim fazer tomando sorvetes em dias de suor. Quero saber da alma de cada um, porque amanhã poderei dançar na rede com eles. Não faço idéia do que seja não querer saber nomes, na falta do dia seguinte. Não imagino o que possa ser a dor do corpo, que sofre a ausência de condições dignas de sobrevivência. Assim a mente não suporta e acaba cedendo. A ponte quebra. O lirismo acaba. E o rio que passa em meu rosto seca.
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eu até olho, mas não vejo nada
ao olhar pra você, ainda que pondo meus olhos fixos em você, invariavelmente te perco. poderia supor que isso que evapora quando te olho é ...
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mas pra isso é preciso desejar sincero e profundo, ao ponto da rua ser toda sem saída, sendo o ponto de chegada o mesmo ponto de partida. ca...
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ao olhar pra você, ainda que pondo meus olhos fixos em você, invariavelmente te perco. poderia supor que isso que evapora quando te olho é ...
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foi injusto, apesar de bonito, você ter me deixado o seu cheiro embrulhado. quando abri o presente senti o seu perfume em torno da minha mol...
Resumiu tudo !
ResponderExcluirTudo que é a vida aqui !
lol
Bombou no texto brabuleta
a vida aqui é feito sala de espera.
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