terça-feira, 8 de julho de 2008

sem retrovisor

Clarice desceu as escadas correndo, bebeu água com bastante gelo quente e saiu. As mãos estavam cheias de flores brancas bordadas de azul. As petálas ficaram apertadas quando os dedos se encontraram. Um espinho para desafogar. Ufa!

Ela soria demais, exagerava no tom. Quase não dava pra ouvir o seu riso de tão alto que era. Sorria até quando a água salgada caía dos olhos. Sobrava. Tinha que limpar. Tentava achar a medida, mas espirrava demais. E quando contaminava... ah... aí já não dava mais pra voltar.

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