quinta-feira, 10 de julho de 2008

nas pétalas desta demasiada flor

Eduardo… peço licença para prolongar a sua sensibilidade. É que eu não paro de me perguntar quais eram as juras de amor deste casal. Fico querendo entrar na intimidade deles pra adoçar a minha.

Esta mulher provavelmente demorou para colocar essa flor na orelha dele, porque enquanto a encaixava se apaixonava por mais uma vez e inevitavelmente se esquecia das pétalas. É que o amor nos faz perder a memória. E por mais que ela já tenha olhado para o rosto dele por tantas perdidas vezes, ela sempre encontrava algo diferente. Acho que ele mudava de cor e forma. Ou pode ser que as pintas andavam pelo rosto dele… e a flor lá… parada no tempo.

Posso afirmar que eles estavam sozinhos, deitados na nuvem. Ele publicitário, recriando a mulher… e ela terapeuta, descobrindo infinitos sentidos naquela flor de asas brancas. Já estão juntos há dois anos e moram juntos há seis meses. Acho que eles nunca brigaram. Ela vive a plantar essas flores nos defeitos dele… e ele, como não poderia deixar de ser, perde a linha, e sai em disparada pintando o tom de pele dela.

Espero que ela nunca termine de encaixar as flores…

2 comentários:

  1. i'm also into those things. care to give some advice?

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  2. pare para sentir... e quando fizer isso deixe o suspiro arrancar seu folêgo. não há nada melhor que tirar os pés do chão!

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 sonhos, os seus, não envelhecem. não porque sejam eternos - mas porque são renováveis, e mudam de cor.  sonhando desde sempre, você não foi...